Coração Satânico, Willilam Hjortsberg
Tive a fase do romance policial. Lia desesperadamente autores variados desse gênero. De vez em quando, tenho uma recaída. Gosto do gênero, com todos os seus clichês, deliciosos clichês, que tornam detetives e policiais um pouco mais divertidos, ante toda e qualquer trama tenebrosa de crimes e assassinatos requintados. A literatura policial é a que mexe mais profundamente no esterco das mentes humanas. E “Coração Satânico” não deixa por menos. Há um detetive, há um contratante misterioso e uma busca desesperada por um cantor desaparecido durante a década de quarenta, depois de voltar ferido e desmemoriado da segunda guerra. Como todo bom romance policial, não há grandes aprofundamentos psicológicos, mas quem precisa disso, quando o objetivo é o entretenimento, mesmo que macabro? Há sangue, bastante sangue, porque o detetive Harry Angel vai nos levar pelos meandros mais obscuros da Nova Iorque de 1959, para o submundo da magia negra e das pistas que se espalham sutilmente pela narrativa, até o seu desfecho inusitado, como deve ser sempre um bom romance policial.
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