quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

A filosofia na alcova, Marquês de Sade



A filosofia na alcova, ou, os preceptores imorais, Marquês de Sade



Sacanagem com filosofia ou filosofia com sacanagem? O erotismo levado ao extremo, assim como as ideias políticas e sociais do “divino” marquês são também extremadas. Só não entendo por que levar a sério sua genialidade, quando tudo quanto escreve está eivado de ironia, sarcasmo, na construção de utopias sociais e sexuais em que o lobo-homem ou o homem-lobo expõe suas entranhas. Nada é sagrado. Nenhuma instituição humana “tradicional” resiste aos preceitos do marquês. Para ler com uma faca entre os dentes e o tesão reprimido a explodir em catarses de um erotismo exacerbado e louco (louco, no sentido que lhe dá a loucura o século XVIII, conforme Foucault). Recomendo fortemente a uma certa ministra, Damares chamada (se é que ela já não o leu), para execrar em público e gozar “en privée”.

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