Minha Querida Sputnik, Haruki Murakami
O autor é best seller no Japão e internacionalmente reconhecido. Esse é uma de suas obras menos badaladas, mas não nega fogo. Ele sabe nos envolver com personagens que parecem comuns, tratadas como se fossem seres comuns, mas que sempre revelam facetas peculiares. Aqui, é uma garota de 22 anos, cujo sonho é tornar-se escritora e, por isso, escreve compulsivamente. Veste-se descuidadamente, como se fosse uma personagem de Jacques Kerouac, um de seus autores favoritos. Tem namoros eventuais e nunca se apaixonou. Tem um amigo e confidente que, no entanto, é totalmente apaixonado por ela. Essa é Sumire, Violeta em japonês. Um dia conhece Miu, uma mulher casada, 17 anos mais velha, bem sucedida negociante de vinhos. Miu encanta-se com a garota e convida-a a trabalhar para ela, como uma espécie de assistente pessoal. Para encarar a nova rotina de vida, muda completamente seu estilo de vestir-se e passa a acompanhar a empresária em suas viagens pela Europa, nos contatos com os fornecedores de vinho e descobre-se terrivelmente apaixonada pela Miu. Numa viagem à Grécia, resolve, uma noite, declarar-se à patroa e ambas até dormem juntas, mas essa lhe revela segredos de sua vida e sua incapacidade de amar. Daí em diante, um grande mistério ocorrerá na vida de Sumire e de Miu. Fiquemos por aqui, para não tirar de algum provável leitor o prazer de descobrir a prosa fluente e envolvente desse escritor japonês. Para ler, pensar na vida e nos seus mistérios. Pensar no amor e seus mistérios.
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