O Castelo de Otranto, Horace Walpole
Escrito no século XVIII (1764), a história se passa no século XIII. “Manfredo, príncipe de Otranto, tinha um filho e uma filha. Esta, uma linda donzela de dezoito anos, chamava-se Matilda. O filho, Conrado, era quase três anos mais novo, um rapaz caseiro, doentio, de disposição nada promissora. Ainda assim era o preferido de seu pai, que jamais mostrara quaisquer sinais de afeto por Matilda”. Assim começa a história. E Conrado está-se preparando para casar-se com uma jovem, filha do Marquês de Vicenza, Frederico, que está há anos perdido numa cruzada. Mas um misterioso e enorme elmo, vindo não se sabe de onde, mata o jovem. Desesperado muito menos pela morte do filho do que por não ter um filho homem a quem deixar o castelo que, segundo uma profecia, seria retomado pelos antigos donos, Manfredo propõe casamento à noiva do filho, Isabel, que foge desesperada para um convento próximo. Na perseguição e busca de Isabel, muitos eventos misteriosos ocorrem e surgem outras personagens, como o filho do monge, Teodoro, que vai se apaixonar por Matilda. A história toda se passa entre reviravoltas provocadas por revelações inesperadas e pelo sobrenatural, que age para que a profecia seja cumprida, até o desenlace final, com cenas fantasmagóricas. Por essa razão, Horace Walpole é considerado o primeiro autor de uma história de terror, tendo influenciado Edgar Allan Poe, Lovecraft e muitos outros. Um livro para se ler quase de um só fôlego, uma narrativa baseada na ação, sem grandes aprofundamentos psicológicos, mas fascinante pelo enredo bem urdido, na mistura de real e sobrenatural.
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