quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A entrega: memórias eróticas, Toni Bentley

A entrega: memórias eróticas, Toni Bentley


“Ao cabo, só existem ideias velhas caiadas de novo” (Machado de Assis). O livro não poderia ser mais do que um clichê: uma história de amor apimentada. Mas, quando a caiação é boa, por obra e graça de uma boa escritora, aquilo que poderia ser apenas mais um relato erótico transforma o ato de leitura num prazer para além do erotismo. O resumo a seguir não é meu, é a apresentação da editora para o livro: “Poucas mulheres praticam, e um número menor ainda admite fazê-lo. Desde A História de O até O Beijo e A Vida Sexual de Catherine M., leitores se deixam fascinar por memórias subversivas escritas por mulheres. Mas nem mesmo esses clássicos eróticos ousaram desbravar o terreno que Toni Bentley explora em A Entrega. Ao conhecer um amante que lhe apresenta o sexo anal, ato que ela define como "sagrado", Bentley descobre um prazer radical e inesperado que a faz "despertar" e descobrir os caminhos de sua própria sexualidade. Nestas memórias ousadas e íntimas, escritas em primeira pessoa, a autora afasta o véu que esconde a experiência erótica proibida desde os tempos bíblicos e celebra "a felicidade que existe do outro lado das convenções, onde o risco é real e onde reside o êxtase". A Entrega é uma exploração sagaz, inteligente e eloquente da obsessão de uma mulher que fará os leitores questionarem seus próprios desejos. Trata-se de um relato corajoso do percurso de uma mulher pelos labirintos do desejo e da alma.” E eu completo: além da coragem de expor a sua descoberta do sexo anal e, através dele, a sua sexualidade, trata essa mesma sexualidade como forma de libertação, resumida nesta frase, quase ao final do livro: "Me foda!" mas "Não foda comigo!"


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