Amálgama, Rubem Fonseca
Sem entrar em detalhes lexicológicos, amálgama significa mistura. E é isso o livro de Rubem Fonseca: uma mistura de textos, ou seja, pequenos contos e crônicas, e até poemas, pelos quais o autor faz desfilar diante de nossos olhos personagens marcados por sentimentos os mais diversos: dor, tristeza, amargura, raiva, fracasso, ternura, amor. Tudo isso marcado por um estilo rápido e contundente, sem meias palavras, como é o de seu feitio. Não há muita elaboração nos enredos das pequenas histórias de vida, nem qualquer psicologismo. São flashes que espocam e iluminam um lado quase sempre obscuro da personalidade humana, deixando para o leitor o susto e a reflexão sobre as atitudes ou os pensamentos das personagens e, às vezes, até mesmo a conclusão do evento esboçado. Não há muito mais o que dizer, Rubem Fonseca já alcançou o cânone de escritor moderno e tudo o que escreve tem sua marca e a marca de seu talento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário