A vida dos grandes compositores, Harold C. Schonberg
Com 743 páginas, esse é um livro talvez mais para consulta do que exatamente para leitura. Por essa razão, tenho-o lido há dez anos: cada vez que termino de ler um livro, seja de que gênero for, eu o pego e leio algumas páginas, para “limpar o cérebro” do estilo do autor precedente e começar um novo livro. Mas, sua leitura não tem nada de cansativa ou desagradável, ao contrário: não só me divirto com a biografia dos grandes compositores, como também aperfeiçoo – bastante – os meus parcos conhecimentos musicais, com as análises que o autor faz das principais composições de cada um dos mestres biografados. Traça ele uma linha contínua desde os pioneiros da ópera, no século XVIII, destacando a vida e a obra de Claudio Monteverdi, até o século XX, com os minimalistas. Seu estilo é claro e conciso, embora seja longa a obra. Estão lá retratados e analisados os autores barrocos, como Bach e Handel; os clássicos, como Haydn e Mozart; os revolucionários, como Beethoven e Schubert; os românticos, como Schumann e Chopin; e assim por diante, numa lista que inclui ainda Mendelsohn, Rossini, Brahms, Strauss, Gounod, Mahler, Stravinsky, Elgar, Bartók, Messiaen e dezenas de outros nomes, da chamada música erudita ou clássica. Erudita, porque necessita de um vasto conhecimento musical para ser composta. Clássica, por ter-se tornado modelo e entrado para a História. Há lacunas? Sem dúvida, já que o autor optou por enfatizar o mundo musical europeu, referindo-se pouco a compositores de outras plagas. No entanto, para quem, como eu, que sou leigo, mas fanático pela música dos grandes compositores, esse alentado volume de “A vida dos grandes compositores” torna-se um livro de cabeceira, para eventuais leituras e constantes consultas.
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