Poemas para o palco – segundo ato, Eliana Iglesias
Os leitores mais novos talvez nunca tenham ouvido falar de Orestes Barbosa, um compositor brasileiro. É dele (e de Silvio Caldas) uma canção famosa, chamada “Chão de estrelas” que começa com este verso: “Minha vida era um palco iluminado...” A vida como um palco é a metáfora subjacente nos versos de Eliana Iglesias, nesta coletânea de poemas. Sua experiência como atriz e dramaturga levou-a a escrever esses versos para serem lidos, não necessariamente num palco. Experimente lê-los em voz alta. Para você mesmo, para você mesma, ou para um grupo de amigos. Na escola. Numa reunião social. Ou até virtual. A autora eliminou quase que completamente a pontuação para que cada um possa encontrar o seu ritmo, estabelecer as pausas de acordo com sua respiração e sua sensibilidade. Porque, ao lê-los em voz alta, você encontrará drama, humor, romance, amor, ironia, observação aguda da realidade. Quando a própria autora, diante de uma plateia, declama seus poemas, pode ter certeza: ela se sente num “palco iluminado” e transmite para seus ouvintes uma experiência única de encantamento e prazer. E isso acontece a cada última quinta-feira do mês, na Cantina do Piolin, quando ela comanda mais um desses grupos de resistentes que existem espalhados por São Paulo, que se encontram para ler poemas, discutir filmes, falar de cultura, de teatro, de música e de mil e um assuntos. Experimente você também a deliciosa prosódia de Poemas para o palco – segundo ato.
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